quarta-feira, 30 de março de 2011

Mataremos em nome da verdade... da NOSSA verdade...

Em conclusão de nossa primeira enquete do blog, a respeito se seríamos capazes de matar alguém para estabelecer nossa verdade, que não passa, haja visto, de manifestação de nossos valores/conceitos. Para concluí-la, cito o filósofo do direito Joseph Raz, em sua obra "Valor, respeito e apego" (capítulo IV).

[...] não importa o fato de que a vida é uma pré-condinção do valor que o conteúdo dessa vida possa ter. A exigência de  respeitar a vida alheia não está sujeita às variações que interferem no valor dos conteúdos da vida das pessoas. O nosso dever de respeitar a vida não varia de escopo ou de potência conforme as variações do valor do seu conteúdo. Podemos não dever o mesmo respeito à vida de assassinos como à vida de outras pessoas. O nosso dever de respeitar a vida alheia, porém, não varia de tom a cada flutuação do valor dos seus conteúdos [...] As razões do respeito são razões categóricas, no sentido de que o seu peso ou o seu rigor não dependem dos nossos objetivos, gostos ou desejos, de tal modo que as nossas inclinações, os nossos gostos, os nossos objetivos ou os nossos desejos não afetam o seu rigor.

Destacando o forte teor kantiano deste texto, fica-nos uma opinião a respeito desta questão. Concordando ou não com o autor, cabe-nos (re)descobrir o valor do auter em nossas relações.

PS: um minuto de silêncio pelos hereges tostados em fogueiras na Idade Média, pelos judeus exterminados no século passado e por todos os mortos em nome da "VERDADE" (?!?!) ...

Donizeti Pugin

3 comentários:

  1. Lembrando que o resultado foi: 2 votos sim. 3 votos não e 3 votos depende.

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  2. Gosteei (y'
    Desse jeito, vou voltar pra filosofia e abandonar o jornalismo, HUDASHDSAUDHAS

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  3. pois é... existem coisas que a gente só encontra na Filosofia kakakak

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