quarta-feira, 23 de março de 2011

A subjetividade da criação de conceitos.

Em um momento de devaneio, eu estava refletindo sobre minha mania de perseguição. E na minha organização mental, a primeira coisa que me veio à tona, foi que há um problema na minha criação de conceitos. 
     Se o valor das coisas está no valor que atribuímos a ela, significa que na interação sujeito-objeto (sujeito que percebe, que conhece o objeto percebido) nós criamos valores a partir disso, valores talvez não seria o melhor termo, mas sim o sujeito atribui significações ao objeto. Pode-se, então, dizer que a grande culpada de toda essa surtisse, SOU EU!
  Um belo tapa de luva de pelica, que me fez voltar ao primeiro exercício básico do existencialismo sartreano: "Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsablidade da sua existência".
O que ao mesmo tempo assustou, aliviou. Pois se eu me faço à medida que existo significa que eu posso "resignificar" meus significados, recriar meus conceitos. Me moldando assim à medida que me faço essencialmente. Dessa forma, continuo a minha reconstrução de paradigma. Detectando algumas deficiências para buscar suas soluções.
 Ok, fim de devaneio, na realidade eu precisava externalizar essa organização mental, pra que seja avaliada a sua coerência, traduzindo, desabafo.
Fim de tortura, 1° post: missão completa (quase abortada).
Bom devaneio pra você!

#Now Playing :: Gui Boratto- Haute Couture

Anna Lígia Cordeiro.

5 comentários:

  1. E contemple a graciosidade de uma missão completa haha
    Quem são os culpados de dar significações aos objetos senão nós mesmos?
    Gostei do texto, bem externalizado hehe
    Continuem assim galera =D

    ResponderExcluir
  2. Demorou pra sair mas arrasou... é isso mesmo Anna... vamos por nossos desesperos por aqui... assim q eu conseguir organizar os meus eu posto kakakk

    ResponderExcluir
  3. goosteei do Post' *---* ' me fez ver o outro lado dee dar valor aa coisas (:'

    ResponderExcluir
  4. Bom, primeiramente os devaneios se torna um meio mais nao um fim, o valores nao pode determinar somente as condutas mentais ou profundas da existencia, existimos porque SOMOS e nao SOMOS porque existimos.
    Mas, poré, todavia um principio racional se encontra em sua analise o que mostra que vc é.

    ResponderExcluir
  5. sobre a primeira parte, acho que vc não compreendeu muito bem a minha linha de raciocínio!! devaneio é só no seu sentido simbólico e literal do blog, não estou definindo-a na sua etimologia!
    primeiro vc existe e depois vc se faz!! ah não ser que teu conceito de existencia seja o de viver, aí já é outra conversa! e sobre os valores eu não os reduzi à somente determinantes de conduta!!
    obrigada pela contribuição!!
    Anna Lígia Cordeiro.

    ResponderExcluir